segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

WORKSHOP: A DANÇA CONJUGAL - aprendendo novos passos

 O Instituto ISEXP convida-os a participarem do Workshop: A DANÇA CONJUGAL, quando serão abordadas as dificuldades do relacionamento a dois e como driblá-las. Em um encontro de imersão na vida do casal, Dra. Sylvia Faria Marzano estará esclarecendo o quanto a intimidade pode atrapalhar o erotismo, fator tão importante para a manutenção do desejo sexual, e orientando como "fazer melhor".
  Esse encontro acontecerá no Hotel Villa Vitta, São Pedro - SP  em data a ser marcada, com muitas surpresas. Em breve vocês poderão ficar por dentro do programa entrando no site http://www.desejosexual.com.br/. Inscrições no Instituto ISEXP - fone 11  4232-9121 ou pelo e-mail isexp@isexp.com.br.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

DIA MUNDIAL LUTA CONTRA A AIDS - 01-DEZ-2009


Dra.Sylvia Faria Marzano, diretora do Instituto ISEXP, orienta transeuntes da Avenida Paulista, em frente ao prédio da Gazeta, sobre a importância do sexo seguro no Dia Mundial de luta contra a AIDS.

Agradecemos a parceria da Rádio Transamérica (Programa 2 em 1) e da DKT que produz os preservativos masculinos Prudence, que tornaram possível essa ação.

DIA MUNDIAL LUTA CONTRA A AIDS - NA TV +


Dra. Sylvia Faria Marzano esteve no Programa Revista + , na TV + , no dia 01/dez/2009, para orientar os telespectadores sobre a importância do Sexo Seguro, no Dia Mundial de luta contra a AIDS

sábado, 21 de novembro de 2009

MASTURBAÇÃO - QUEBRE ESSE TABU


O que é a masturbação?

É a auto-estimulação rítmica dos genitais com vistas à obtenção de prazer, das mais diversas formas, utilizando as mãos ou por meio de instrumento. Considerada como uma das práticas sexuais mais comuns, mais primitivas e com freqüência auto-aprendida, é utilizada pela quase totalidade dos homens e boa parte das mulheres, independentemente de idade. No entanto, por fugir ao até então “permitido”, raramente é comentada e talvez seja a que gere, ainda hoje, a maior culpa.


Existe algum prejuízo para o organismo?
Kinsey ao publicar, em 1948, seu relatório constatando a grande incidência da prática masturbatória entre os americanos, inclusive adultos, dá grande colaboração no sentido de provar a inocuidade da prática. O casal William Masters e Virginia Jonhson, em 1960, esmiúçam cientificamente o comportamento sexual humano avaliando as modificações fisiológicas que ocorrem durante o ciclo de resposta sexual, inclusive as particularidades desta, durante a masturbação. Esta prática só é nociva para o homem ou à mulher, se estes estiverem sendo compulsivos, isto é, muitas vezes ao dia e estiverem descontentes com isso.


Quais são as fases em que o homem e a mulher começam a desenvolver a sexualidade e se masturbar?
Nos jogos e brincadeiras infantis, as crianças se preparam em todas as áreas, para a vida adulta e é também nestes, que vivenciam seus sentimentos e curiosidades sexuais. As brincadeiras tão freqüentes e prazerosas de papai-mamãe, médico, casinha e outras, possibilitam a exploração do corpo. E é nesta exploração que descobrem as sensações prazerosas dos genitais. É, portanto, de maneira lúdica que a masturbação se insere na vida infantil podendo tornar-se o meio de satisfação sexual mais comum para ela.
Após os cinco ou seis anos, as diferenças anatômicas e fisiológicas, bem como, uma maior consciência das diferenças corporais entre os sexos determinam práticas e conotações sociais diferenciadas. Nas meninas, o fato de apertar uma perna contra a outra já pode ser um estímulo suficiente para produzir a excitação e o orgasmo. Já entre os meninos, como nenhuma contração muscular pélvica estimula diretamente o pênis, a ereção se dá graças à fricção ou a movimento manual.
É na adolescência, segundo a maioria dos autores, que a prática masturbatória atinge o seu auge. O Relatório Kinsey revelou que à idade de vinte anos, 92% dos rapazes e 32 % de moças se masturbavam. Barbach e Levine constataram que aos dezoito anos 80% dos meninos e 59% das meninas referiam práticas masturbatórias. As pesquisas demonstram que os meninos se masturbam mais do que as meninas.


Como os pais devem reagir ao ver os filhos se masturbando?
Os avanços em termos de compreensão dos aspectos fisiológicos e comportamentais da masturbação infantil foram, sem sombra de dúvida, muito grandes nos últimos anos. No entanto, enquanto para as crianças vivenciar a experiência masturbatória não passa de mais uma brincadeira, uma forma prazerosa de descoberta do corpo e de comunicação entre elas, na visão do adulto, em geral, é desconfortável e perturbadora.
A maioria dos adultos, ao presenciar as práticas masturbatórias infantis, ou reage com indiferença, ou ameaça com castigos, ou ainda desvia a atenção da criança para outra atividade. O importante nessa ocasião é explicar a normalidade do ato, mas colocar limites quanto ao local a ser usado e a quantidade de vezes.


A repressão à masturbação na infância ou adolescência pode causar danos para a vida sexual de uma pessoa?
Sim, a nossa educação repressiva que se orienta no comportamento sexual, com vistas somente pro criativas, faz com que não conheçamos o nosso corpo como um local de prazer total, interferindo na vida sexual que se estabelece somente como genitalizada e proibida.


A masturbação é importante para a vida sexual de uma pessoa?
A masturbação na adolescência, apesar da conotação social ainda repressiva tanto para os meninos quanto para as meninas, apresenta inúmeras vantagens, assim resumidas por Correia:
“- explorar o seu potencial sexual sem testemunhas; familiarizar-se com sua nova imagem corporal, resultante das transformações anatômicas e fisiológicas; aliviar as tensões de um meio social que lhe projeta expectativas para as quais, muitas vezes não se sente preparado; compensar dificuldades no contato afetivo e social; transportar-se para a dimensão subjetiva através da fantasia; equilibrar os impulsos sexuais; aumentar a autoconfiança sexual, necessária para um relacionamento a dois; promover o combate a solidão; substituir o (a) parceiro (a) quando, por timidez, tem dificuldade de compartilhar sua intimidade sexual e afetiva; fornecer um meio seguro de experimentação, sem o perigo de falhar expondo-se assim a julgamentos; aumentar o equilíbrio emocional num estágio de insegurança pelos sentimentos ambivalentes experimentados na adolescência.”


Antigamente, pensava-se que a masturbação poderia acarretar danos à saúde, como espinhas. Há fundamento ou é apenas um mito?
Apesar das descobertas científicas, ainda hoje, a masturbação é vista por muitas pessoas, como um problema e, como o próprio nome indica, um vício. Alguns mitos ainda são bem presentes, como cita Carrera: a masturbação causa doenças físicas; as pessoas casadas não se masturbam; você pode ficar viciado na masturbação; as pessoas idosas não se masturbam; a masturbação leva a um rebaixamento na vida social de uma pessoa; a masturbação é para pessoas que não tem parceiros; a masturbação é um sinal de homossexualidade; a masturbação é sinal de doença emocional; a masturbação causa miopia; as mulheres não se masturbam; só de olhar uma pessoa você pode dizer se ela se masturba; excesso de masturbação faz com que o homem fique com falta de esperma; a masturbação é sinal de que a pessoa é incapaz de manter relações sexuais.


A masturbação prévia pode realmente amenizar a ejaculação precoce?
É uma ação muito praticada por homens com ejaculação precoce, pois, na segunda ereção a ejaculação costuma ser mais demorada para muitos homens. Mas não é uma técnica que utilizamos para tratamento. A masturbação faz parte das técnicas de tratamento da ejaculação precoce através da Terapia Sexual, mas orientada por um profissional.


Sylvia Faria Marzano

domingo, 15 de novembro de 2009

"AMOR BANDIDO" causa dependência, diz especialista

A personagem Sandrinha, da novela Viver a Vida , está envolvida numa relação caracterizada como amor bandido


Vira-e-mexe o assunto está em alta nas manchetes dos jornais. Na novela Viver a Vida o autor Manoel Carlos coloca mais uma vez o dedo na ferida para falar de um assunto nada simples: o amor bandido. No folhetim, Sandrinha (Aparecida Petrowky), irmã da protagonista Helena (Taís Araújo), está às voltas com uma história de amor com o criminoso Benê (Marcello Melo). O romance conturbado teve direito a ameaças à família da namorada, grávida do bandido.

A diferença da ficção para a realidade é que a novela ou o filme termina, mas na vida real, a solução do problema é complicada. Muitas vezes, a própria mulher não admite a situação, sem perceber que, na verdade, trata-se de uma doença. Aliás, engana-se quem pensa que se apaixonar por criminosos é somente o que caracteriza o chamado amor bandido. O problema vai além.

Segundo a terapeuta sexual e urologista Sylvia Faria Marzano, trata-se de um relacionamento doentio, numa união destinada a muitas doses de sofrimento e dependência. "É aquele que causa na parceira (a maioria dos casos acontece com mulheres)uma dependência como uma droga. É a mulher violentada pelo companheiro e que, mesmo assim, submete-se, vitimiza-se, não tem forças para sair desse jogo, pois ela precisa dele. Envolve medo de rejeição, de não ter como sobreviver, de fazer parte do outro, de ser o que falta no outro", disse a especialista.

Deslumbramento

Um relacionamento desse tipo é silencioso, raramente apresentando "sintomas" no início, principalmente na fase de deslumbramento. "A mulher dificilmente consegue identificar esse problema sozinha, dependendo da fase em que está. Mesmo se for avisada por pessoas de fora, ela se nega a acreditar e continua navegando nessa canoa furada. Necessita desse mal como o ar que respira. Quando perceber, já está muito desestruturada e com a autoestima debilitada", afirmou.

O golpe mais duro, no entanto, e que deixa as mulheres na linha tênue entre desistir da relação ou permanecer nela, é o fato de esses homens se mostrarem bonzinhos em determinados momentos, alguns até fazendo o papel de provedor. Sylvia Marzano cita como exemplo quando a mulher de um alcoolista fala "quando ele não bebe é muito bom para mim".

Ajuda

Sair desse tipo de relação não é fácil, porém não impossível. O primeiro passo, e o mais importante, é a mulher querer sair. E o mais complicado: buscar motivação para seguir na ideia de que a relação não faz bem para ela.

E atenção, a terapeuta alerta que quem passa por isso pode reincidir no problema, ou seja, buscando na multidão aquele que repetirá a sua história, muitas vezes está relacionada à sua família de origem. "Uma relação como essa deixa sequelas, não só na pessoa que se coloca de cabeça, mas também na família, que também necessitará de tratamento", afirmou Sylvia.

Grupos de ajuda funcionam muito bem nesse caso. Com o mesmo preceito do grupo Alcoólicos Anônimos, o grupo Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas), tem o objetivo de orientar as mulheres a se livrarem de relacionamentos destrutivos. Segundo a entidade, a ajuda é oferecida a partir de uma experiência pessoal, sem dar conselhos ou fazer interpretações psicológicas. "Mesmo que não encontre ninguém nas mesmas condições, a mulher poderá se identificar com a forma com que muitas das participantes sentem os efeitos que a dependência de pessoas produz em suas vidas". A frequentadora do grupo não precisa falar nada nas reuniões e é identificada apenas pelo nome.

No Brasil, o Mada (www.grupomada.com.br) dispõe de sedes em 15 Estados. Somente em São Paulo capital, os espaços estão localizados no Centro, Guarulhos, Jardins e Sumaré. No exterior há reuniões em Portugal e na Venezuela.

Histórias na vida real

A vida real está cheia de exemplos de amor bandido levado às últimas consequências. No Brasil, um dos mais comentados à época foi o da cantora Simony, que em 2001 casou-se com o ex-presidiário Afro-X, com quem teve dois filhos. Quando se conheceram ele ainda estava preso no Carandiru.

Nos anos 1980, a jornalista Marisa Raja Gabaglia envolveu-se com o cirurgião plástico Hosmany Ramos, condenado a 21 anos de prisão por assalto e tráfico de drogas. Atualmente ele está foragido da justiça e em agosto de 2009 foi encontrado na Islândia.

Condenado a 147 anos de prisão, o psicopata Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, recebeu várias cartas de amor de mulheres que queriam salvá-lo. Casou-se com uma delas.

Nos Estados Unidos, Evangeline Grant Redding, produtora de TV, escreveu ao preso James Briley, em 1984. Ele havia liderado a audaciosa fuga de seis condenados à morte e ela queria fazer um livro sobre a aventura. Cinco meses depois se casaram numa cela da prisão.

Em 2001 a alemã Dagmar Polzin viu um cartaz com a foto do norte-americano Bobby Lee Harris, que estava no corredor da morte, sentenciado por assassinato. Ela apaixonou-se pelo assassino, abandonou seu emprego em Hamburgo, na Alemanha, e se mudou para a Costa Leste dos Estados Unidos.


http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI40835-EI1377,00-Amor+bandido+causa+dependencia+diz+especialista.html

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

COMO CONVERSAR COM SUA PARCERIA SOBRE SEXO


Problemas sexuais são muito comuns. Dois grandes estudos encontraram que um em cada três homens no mundo tem um problema sexual, como falta de desejo, ejaculação precoce (EP), dificuldade de ereção (DE), ansiedade de desempenho, ou não estar satisfeito com sua vida sexual. Nesses estudos não foram incluídos outras informações que podem afetar a sexualidade incluindo a Doença de Peyronie (curvatura do pênis na ereção), hipogonadismo (testosterona baixa), câncer de próstata ou aumento benigno da próstata. Considerando todos esses outros fatores, foi sugerido que 50% de todos os homens experiência alguma forma de disfunção sexual.


De acordo com esses estudiosos, (1) a idade da nossa população, (2) um aumento das doenças associadas com a DE (incluindo diabetes, doenças cardíacas e hipertensão), medicamentos e cirurgias que podem causar problemas sexuais, e (3) o aumento do sedentarismo (falta de atividades físicas), todos contribuem para a alta incidência de disfunção sexual.


PORQUE É DIFÍCIL CONVERSAR COM A (O) PARCEIRA (O) SOBRE SEXO


Apesar de ser um problema comum, não é fácil falar sobre sexo. Não é só como falar com seus filhos sobre sexo, mas com sua parceria. Existem muitas razões por trás disso: você pode ter esperança que o problema vai desaparecer sozinho, ou você pode imaginar que a sua parceria irá pensar mal de você ou diferente sobre você por causa do seu “problema”. Você pode pensar que é “menos homem pela sua dificuldade sexual. Também a grande maioria pensa que é natural na sua idade, mas não é necessariamente verdade. Sua vida sexual não termina com a idade. Estudos demonstram que 40% dos homens com mais de 70 anos ainda têm vida sexual satisfatória. Você pode estar com medo das causas e do tratamento do “problema”. Diferente das mulheres, os homens não conseguem falar sobre seus sentimentos, pois não têm habilidade para tal. Claro que, ajuda muito se o casal estiver bem juntos – se estiverem discutindo muito, ficará difícil trazer esses assuntos para discussão.


PORQUE É IMPORTANTE CONVERSAR COM A (O) PARCEIRA (O) SOBRE SEXO


Enquanto você estiver ocupado em disfarçar que não existe o “problema”, ou espera que desapareça sozinho, a parceria pode estar pensando porque você está assim. O sexo é uma parte importante da maioria dos relacionamentos e, quando existe um problema ambos são afetados. Em geral a parceira está preocupada em não iniciar a conversa sobre o assunto para não ferir seus sentimentos. Mas, isso é um erro, pois a sua parceria é a mais interessada em ajudá-lo a melhorar a saúde. Sua parceria é mais objetiva e pode ser mais capaz de dar-lhe informações do que você poderia supor.


Os parceiros também imaginam que eles são responsáveis pelo problema. A mulher pode pensar que não está mais atraente para o parceiro ou que ele pode estar tendo um caso extraconjugal. Algumas parcerias podem até ficar contentes, pois seus parceiros estão no fim da vida sexual. Não importa qual seja a sua situação particular, se você tem uma parceria são duas pessoas tentando entender e cooperar para a melhora dessa disfunção sexual.


Uma importante razão para conversar com sua parceria é que ela o(a) ama, e gostaria de ver você saudável e feliz. Outra razão para discutir sobre o assunto sexual é que pode ser um sintoma de um possível problema mais sério de saúde. Se a sua DE for secundária a outra condição médica, você pode estar perdendo a oportunidade de diagnosticar e tratar esse problema: hiperglicemia, hipertensão, hiperlipidemia ou doenças cardíacas.


TRAZENDO O ASSUNTO PARA A DISCUSSÃO


Há algumas coisas que você pode fazer para que a discussão transcorra com delicadeza. Primeiramente deixe sua parceria saber que você tem um assunto importante para tratar. Então, encontre um momento que vocês dois sozinhos possam estar face a face e sem interrupções. Não espere o horário que os dois estejam cansados e na cama, ou na hora de ir para o trabalho, no meio da correria. Combinem em não atender ao telefone enquanto estão conversando, e não deixem a televisão ligada.


Antes de sentar para conversar, pense o que você vai querer fazer assim que o assunto for esgotado: - Você vai querer que sua parceria vá com você ao médico? – Você vai querer que sua parceria vá com você a um terapeuta sexual ou de casal? – Você precisará de sua parceria para ajudá-lo no plano de tratamento médico?


Quando você decidir que espécie de ajuda você precisa ou quer da sua parceria, você está pronto para falar com ela. Seu problema sexual é muito mais comum do que você pode imaginar, mas não deixe de lado os aspectos emocionais que envolvem o relacionamento. É um problema que afeta aos dois. É comum sentir-se não confortável ao conversar sobre assuntos sexuais, mas não é positivo que os dois o ignorem. Nestes dias, temos tratamentos efetivos para problemas sexuais.


Lembre-se: mesmo que você tenha alguma disfunção sexual, há uma solução para quase tudo.


Dra. Sylvia Faria Marzano - urologia e terapia sexual


Referência: SEXUAL HEALTH & MEDICINE - 2006

TERAPIA SEXUAL

A Terapia Sexual teve início em 1960 com a contribuição dos estudiosos Masters e Johnson, que descreveram a resposta sexual humana, e depois, nos anos de 1970, houve grande contribuição de Helen Kaplan, no sentido de propor métodos mais adequados para essa terapia.

É uma psicoterapia focal breve que, em geral baseia-se na Terapia Comportamental Cognitiva (desfazer mitos e crenças e mudança dos comportamentos não apropriados entre os casais). Grande número de terapeutas sexuais, costuma utilizar-se de outras ferramentas como, técnicas psicodramáticas, que muito contribuem na abordagem do cliente com queixa sexual.

O paciente costuma perguntar sobre que tipo de conversas terão na sessão da terapia sexual e se é “isso” que ajuda. Não são “conversas” que fazemos nos consultórios, mas sim um estudo junto com o cliente, de toda a sua história de vida, os papéis e modelos que aprenderam da família de origem, os mitos e as crenças, as dificuldades de relacionamento com a parceria, a procura de conflitos intra-psiquicos, etc. Juntamente com essa abordagem, o cliente é orientado a fazer tarefas sexuais em sua residência, algumas sozinho e outras com a sua parceria (digo parceria, pois essa terapia se aplica a hetero ou homossexuais).

As maiores queixas das mulheres nos consultórios, em relação às disfunções sexuais, é em relação à diminuição do desejo sexual, e em seguida a falta de orgasmo.

As queixas sexuais, tanto podem acarretar uma inadequação na vida do casal, ou esta ser a causa da disfunção.

A Terapia Sexual pode ser realizada, por solteiros e casados. Quando houver a participação da parceria, isto é, os dois querem uma melhora do relacionamento conjugal e sexual, mesmo que não sejam casados, pode haver uma maior chance de mudanças e reajuste deste. Mas, é muito comum o cliente homem com queixa de ejaculação precoce, ou a mulher, com vaginismo, procurarem uma terapia sexual sem parceria no momento, e podem beneficiar-se muito desse tratamento.

Uma das queixas encontradas é que o homem quer mais sexo que a mulher, mas existem fases da vida dessa parceria, que pode fazer com que essa procura seja invertida. Para uma adequação do casal, no sentido de nenhum fazer aquilo que não está bem para o momento, o melhor método é o aprendizado da assertividade: poder contar ao outro seus desejos, anseios e dificuldades, sem medo de magoar ou não ser entendido. Dialogar é o melhor remédio, mas para isso precisamos desfazer crenças errôneas e mudar comportamentos.

Então, nas sessões de terapia sexual, vamos desconstruir o relacionamento inadequado, para uma nova construção, para que o casal se coloque por inteiro na relação, de acordo com os seus próprios desejos, mas com correções no seu aprendizado sexual e da vida.

Sylvia Faria Marzano – urologista e terapeuta sexual

Diretora do Instituto ISEXP – www.isexp.com.br