quinta-feira, 8 de outubro de 2009

TERAPIA SEXUAL

A Terapia Sexual teve início em 1960 com a contribuição dos estudiosos Masters e Johnson, que descreveram a resposta sexual humana, e depois, nos anos de 1970, houve grande contribuição de Helen Kaplan, no sentido de propor métodos mais adequados para essa terapia.

É uma psicoterapia focal breve que, em geral baseia-se na Terapia Comportamental Cognitiva (desfazer mitos e crenças e mudança dos comportamentos não apropriados entre os casais). Grande número de terapeutas sexuais, costuma utilizar-se de outras ferramentas como, técnicas psicodramáticas, que muito contribuem na abordagem do cliente com queixa sexual.

O paciente costuma perguntar sobre que tipo de conversas terão na sessão da terapia sexual e se é “isso” que ajuda. Não são “conversas” que fazemos nos consultórios, mas sim um estudo junto com o cliente, de toda a sua história de vida, os papéis e modelos que aprenderam da família de origem, os mitos e as crenças, as dificuldades de relacionamento com a parceria, a procura de conflitos intra-psiquicos, etc. Juntamente com essa abordagem, o cliente é orientado a fazer tarefas sexuais em sua residência, algumas sozinho e outras com a sua parceria (digo parceria, pois essa terapia se aplica a hetero ou homossexuais).

As maiores queixas das mulheres nos consultórios, em relação às disfunções sexuais, é em relação à diminuição do desejo sexual, e em seguida a falta de orgasmo.

As queixas sexuais, tanto podem acarretar uma inadequação na vida do casal, ou esta ser a causa da disfunção.

A Terapia Sexual pode ser realizada, por solteiros e casados. Quando houver a participação da parceria, isto é, os dois querem uma melhora do relacionamento conjugal e sexual, mesmo que não sejam casados, pode haver uma maior chance de mudanças e reajuste deste. Mas, é muito comum o cliente homem com queixa de ejaculação precoce, ou a mulher, com vaginismo, procurarem uma terapia sexual sem parceria no momento, e podem beneficiar-se muito desse tratamento.

Uma das queixas encontradas é que o homem quer mais sexo que a mulher, mas existem fases da vida dessa parceria, que pode fazer com que essa procura seja invertida. Para uma adequação do casal, no sentido de nenhum fazer aquilo que não está bem para o momento, o melhor método é o aprendizado da assertividade: poder contar ao outro seus desejos, anseios e dificuldades, sem medo de magoar ou não ser entendido. Dialogar é o melhor remédio, mas para isso precisamos desfazer crenças errôneas e mudar comportamentos.

Então, nas sessões de terapia sexual, vamos desconstruir o relacionamento inadequado, para uma nova construção, para que o casal se coloque por inteiro na relação, de acordo com os seus próprios desejos, mas com correções no seu aprendizado sexual e da vida.

Sylvia Faria Marzano – urologista e terapeuta sexual

Diretora do Instituto ISEXP – www.isexp.com.br

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