quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

GAROTO DE PROGRAMA HOMOSSEXUAL revela que é bastante procurado por jovens e que é comum os clientes pedirem para fazer "BAREBACK"

15/02/2010 - 13h20

As meninas adolescentes e os jovens gays foram os escolhidos pelo Ministério da Saúde para receberem atenção especial nas campanhas de prevenção do HIV no carnaval deste ano.

A Agência de Notícias da Aids preparou uma série de reportagens especiais que tem por objetivo retratar porque as meninas de 13 aos 19 anos representam 60% dos casos notificados da doença nessa faixa etária, contra 40% dos meninos.

E porque, entre os jovens da mesma faixa etária, há mais casos de aids por transmissão homossexual (39,2%) do que heterossexual (22,2%).

Nesta reportagem, confira o perfil de um garoto de programa de 20 anos de idade que, ao contar parte da sua história de vida e relatar experiências da profissão, traz um retrato do próprio comportamento sexual e também do comportamento de alguns clientes jovens homossexuais.

"É comum pedirem para fazer bareback"

Sexta-feira à tarde, região central da cidade de São Paulo. Bruno, garoto de programa de 20 anos de idade que é homossexual e atende outros homens, recebeu a reportagem da Agência de Notícias da Aids no flat em que vive para contar parte da sua história pessoal e profissional. Na entrevista, que durou cerca de uma hora e teve algumas pausas para ele conversar rapidamente com possíveis clientes pela internet, o entrevistado falou principalmente sobre o próprio comportamento sexual, o comportamento dos clientes e prevenção às DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), principalmente aids.

O garoto do interior do Paraná que faz programa desde que chegou a São Paulo, há 4 meses, disse que por aparentar ser mais velho é bastante procurado por jovens de 18 a 25 anos, apesar de também ter clientes com mais idade. Ele ganha uma média de R$ 4 mil por mês cobrando R$ 70 a hora se o cliente for à casa dele ou R$ 100, pelo mesmo tempo de trabalho, caso tenha que se deslocar. E não faltam oportunidades para lucrar mais.

“A proposta de transar sem camisinha, fazer o tal do bare (bareback), é frequente. Tem cliente que oferece preços absurdos para eu fazer isso, como quinhentos, mil reais”, disse. “Mas não rola, nem que me ofereçam todo o dinheiro do mundo. Eu acho muito suspeito. Por que o cara que nunca me viu na vida vai propor transar sem preservativo? A ideia que passa não é a de que ele tem alguma doença?”.

Bruno, que não revelou o sobrenome para preservar a identidade, contou que na sala de bate-papo da internet em que oferece seus serviços muitas pessoas com quem conversa logo falam em sexo sem camisinha. Quando diz que não aceita, alguns ficam por horas tentando convencê-lo.

“Eu até aconselho, digo que isso é prevenção, que é tão bom para mim quanto para eles. Independente de você ser garoto de programa, travesti, homo ou heterossexual, você sempre tem que procurar se prevenir, já que a aids é uma das poucas doenças que ainda não tem cura”, argumentou, afirmando que se protege também quando faz sexo oral.

Segundo Bruno, existem pessoas que o procuram depois de buscarem, sem sucesso, alguém que não seja garoto de programa para transar sem camisinha. “Pensam que vão pagar e fazer o que querem, mas não é bem assim. O garoto de programa não precisa se submeter a todas as vontades do cliente.”

Relações pessoais

Bruno já teve dois namorados. As relações foram relativamente curtas, entre 2 e 3 meses cada uma. Ele contou que já aconteceu de não usar camisinha. “Estava lá, numa coisa de momento. Mas depois fiquei muito constrangido. Fui fazer o exame e deu tudo bem, não tinha nada.”

Na visão dele, muitos heterossexuais usam camisinha para evitar gravidez e não pensam nas DSTs. “É meio absurdo porque você pegar alguma doença é muito pior do que ter um filho”, avaliou.

Essa era a visão de uma das irmãs de Bruno de 13 anos de idade – ele tem seis irmãos mais novos. “Ela é virgem, mas conversamos sobre sexualidade porque minha irmã tem uma cabeça muito boa. Uma vez eu a aconselhei sobre o uso da camisinha e ela ainda não tinha noção que o preservativo protege contra doenças”, disse.

O entrevistado contou que quando morava no Paraná, procurava também conversar sobre sexualidade com os outros irmãos, perguntando, por exemplo, se tinham alguma paquera na escola. “Eu era o irmão protetor, aquele que dava conselho, levava no colégio, buscava o boletim, dava bronca. Tive que tomar as rédeas de casa muito cedo porque nós saimos meio fugidos do meu pai, que era mito violento.”

E de onde vem toda essa consciência em relação à prevenção?, perguntei. Bruno respondeu que pelo fato de ter que educar os irmãos acabava se informando sobre questões de sexualidade. Porém, um fato que o marcou foi uma palestra que assistiu na escola e que explicava o que era a aids.

“Fiquei muito alarmado, pois quando eu era criança tinha medo de tudo.Tanto que quando tive o meu primeiro contato sexual com outra pessoa, aos 13 anos de idade, fiquei muito transtornado, com muito medo. Foi a partir disso que eu criei uma defesa e fui desenvolvendo essa consciência de proteção.”

A cobrança mútua sobre a utilização da camisinha que possui com um amigo também o ajuda na prevenção. “Sempre estamos pegando no pé do outro sobre isso. Como tenho uma pessoa me cobrando, me sinto mais ainda na responsabilidade de usar, até para depois não ter que mentir para o meu amigo”.

Os cuidados de Bruno com a saúde também estão relacionados aos planos para o futuro. "Eu não quero pegar nenhuma DST. Hoje eu vivo de prostituição, mas sei que é uma etapa da minha vida. Não vou continuar com isso para sempre. Estou guardando dinheiro para estudar teatro e quero estar saudável para isso."

4 comentários:

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  2. eu amo quem me ama fodase quem me odeia pq o jeito que sou e meu o cu e meu dou a hora que queroo

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  3. ola me chamo gustavo sou da bahia mas estou em sp a 2 meses gostaria de encontar um boa agencia de garotos para trabalhar alguem me indica uma?? gustavo_malbeck@hotmail.com

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    1. TRABALHAR PESADO DE FORMA INTREGRA NINGUEM QUER O POVO SO TA ACUSTUMADO COM A FACILIDADE ESSE CARA AI SO PODIA SER DA BAHIA

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